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Gerontologia… gerontólogo. Pode explicar?

Ana Paula Neves em 24/03/2019

Retrato de rapaz confuso ao ouvir a palavra gerontologia

Um breve diálogo sobre gerontólogos e sobre gerontologia:

— Preciso parabenizar os meus amigos gerontólogos! – disse Maria
— Hein? Gerontólogos, quem são esses? – perguntou João
— 
São pessoas formadas em gerontologia. Mas, também, podem ser: psicólogos; fisioterapeutas; advogados; assistentes sociais; designers; nutricionistas; enfermeiros; arquitetos; terapeutas ocupacionais… – respondeu Maria, fazendo uma pausa ao perceber a expressão ainda mais confusa de João.
— 
Pode me explicar melhor? O que tantos profissionais diferentes tem em comum? – perguntou ele

 

O diálogo que você acabou de ler é fictício, mas poderia ser real. Afinal, a gerontologia é um campo relativamente novo e, por esta razão, ainda não é amplamente conhecido. Mas, isso precisa mudar. E rápido!

Em um mundo que envelhece aceleradamente, são cada vez mais necessários profissionais – de diversas áreas – capazes de compreender os aspectos biológicos; psicólogos e sociais (dentre outros) relacionados ao envelhecimento humano.

O gerontólogo, é um destes profissionais. Ele pode ter formação superior em gerontologia, mas – também – pode ser graduado em outras áreas do conhecimento. Neste segundo caso, além de sua graduação original, este profissional precisa se especializar em gerontologia. Deste modo, estará “apto para lidar com questões do envelhecimento e da velhice” (SBGG).

 

Áreas de atuação na gerontologia

Prevenção

Prevenir é evitar que algo aconteça; é se antecipar a uma situação. Na gerontologia, o foco da prevenção é criar as condições adequadas para que o indivíduo assistido envelheça com qualidade de vida.

Se ao final deste texto, você quiser algumas dicas interessantes que contribuem para um envelhecimento com mais qualidade de vida, clique neste link.

Ambientação

Atuar com o foco na ambientação é buscar a adequação dos ambientes nos quais o idoso circula ou vive. É garantir não só a sua qualidade de vida, mas – principalmente – a sua segurança nestes ambientes. Para citar apenas um exemplo: o profissional que trabalha com este foco irá considerar os aspectos ergonômicos do local e, também, mitigar os riscos de quedas.

Reabilitação

Em geral, na gerontologia, a reabilitação está relacionada à funcionalidade do indivíduo. Ou seja, à sua “capacidade de funcionar”. Ao envelhecer, o indivíduo tende a perder capacidade funcional. Tanto pelo processo natural do envelhecimento, quanto por questões de saúde. Reabilitar é recuperar; é resgatar. Logo, o foco da reabilitação é propor intervenções que favoreçam à recuperação da funcionalidade do idoso.

Cuidados Paliativos

O cuidado paliativo “entra em cena” quando o indivíduo tem uma doença progressiva e irreversível. O gerontólogo que atua com o foco em cuidados paliativos irá observar e cuidar dos aspectos físicos; espirituais; psíquicos e sociais do idoso com a doença e de sua família. Este profissional irá buscar promover o maior bem-estar possível e garantir a dignidade do idoso até a sua morte.

 

Multidisciplinaridade e Interdisciplinaridade: aspectos fundamentais na gerontologia

Você já deve ter observado que os olhares na gerontologia são múltiplos. É cada vez mais comum – e muito recomendado – que um único idoso seja assistido por diferentes especialistas. Sendo necessária, consequentemente, uma forte interação e comunicação entre estes profissionais para que haja soma de saberes e melhores resultados à saúde e à qualidade de vida do idoso.

Uma boa prática é ter uma equipe multidisciplinar integrada, que trabalhe em conjunto inclusive com o geriatra do idoso.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2030 a faixa etária dos maiores de 60 anos representará 30% da população brasileira.

É ou não é uma boa razão para saber mais sobre gerontologia?

 

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